Cintia Souza, que morou muitos anos no Japão e conhece perfeitamente a linguá assim como a língua portuguesa.

Abaixo, segue, literalmente, a explicação que ela me deu:

Quando estas palavras japonesas acabam vindo ao Brasil, temos que dar uma adaptada para o léxico do português. É uma adaptação que ter bom senso pra fazer, pois se a pessoa faz errado, soa meio “estranho” dentro da língua portuguesa durante a frase … geralmente as pessoas que tem maior contato com a língua japonesa, conseguem fazer essa “transformação” ou adaptação dentro da nossa cultura linguística.

Essa “transformação” é bem relativa, pois tem vezes que ela “soa bem”, tem vezes que ela “soa ruim”. A palavra bonsai, fica otimamente flexionada como bonsais.
A palavra matsu, também fica otimamente flexionada como matsus.
Já a palavra kuromatsu … parece que o som fica esquisito para a adaptação … e não “bate bem ao ouvido”, de que ouve o som de kuromatsus … fica ruim, embora não esteja errado. Acho que se deve ao fato dela ser comprida, por isso não ajuda no processo.

Depois que morei muito tempo no Japão, meu ouvido e mente acabaram ficando igual aos deles também. Nesse caso, acho que o ideal é colocar uma palavra antes, e usar o kuromatsu no singular para suavizar essa condição … tipo … as árvores de kuromatsu foram plantadas no bosque … ou vários bonsais de kuromatsu morreram pela falta d’agua.

Vou colocar alguns exemplos abaixo de frases para fixar melhor a questão.

1) Estes bonsais de momiji, vieram de Kyoto. (OK)
2) O outono chegou, e os momijis ficarão vermelhos! (OK)

1) Estes bonsais de shinpaku são lindos! (OK)
2) Se continuar assim, os shinpakus vão adoecer! (OK)

1) Este nebari parece o ideal. (OK)
2) Estes nebaris não estão legais?! (OK)