No domingo 10 de abril, aconteceu em Rio Preto mais um bonsai na praça. Este evento aberto a todos na cidade de Rio Preto acontece todo 2º domingo de cada mês na praça do vivendas.
O Bonsai Clube Rio Preto visa com esse evento 2 pontos principais:
– 1º divulgar a arte para todos os interessados, trocando ideias e desmitificando algumas visões que possam existir sobre o “que é” , “como é” e “como cuidar” de um bonsai, e;
– 2º, o mais importante, servir de consultoria e auxiliar aqueles que já tenham um bonsai a cuidar e entender os procedimentos necessários para que “a planta” fique bonita e saudável. Os visitantes que vão à procura da consultoria e ajuda na praça dividem as mesmas histórias com suas plantas, ou foram presenteados por um amigo, e agora desejam saber mais sobre o bonsai; ou é uma planta antiga da família, que agora está com ele e precisa de cuidados; ou é uma história afetiva forte com uma planta, e não se desja perde-la por nada nesse mundo.
Este segundo ponto é o que mais alegra os integrantes do clube, pois muitas vezes, como acontece na maioria dos casos com os iniciantes da arte, já se tem um bonsai para depois se buscar conhecimento. E por esta sequência, o sofrimento é certo por não saber o que fazer com a planta, não conseguir entender o porquê ela fica feia, adoece e muitas vezes morre.
A falta de conhecimento é um grande assassino das plantas e projetos de bonsai.
E falando em falta de conhecimento, você sabia que o Bonsai precisa periodicamente trocar de vaso, trocar de casa?
O bonsai como qualquer planta em recipiente limitado (vaso) necessita da troca eventual de “casa”. O vaso tem importância no bonsai pois precisa estar harmônico, condizente e atrativo para a apreciação. Deste modo a escolha do vaso é muito importante.
As raízes também precisam ser selecionadas no replantio e trabalhadas para que se forme o nebari (raízes da base do tronco) caracterizando a beleza e necessidade conceitual do bonsai.
Os motivos e formas de realizar esta troca de vaso, como escolhe-lo, como selecionar as raízes foram os assuntos do workshop fechado para os associados que aconteceu na tarde do mesmo domingo, 10 de abril, na casa do presidente do Clube, João Porto.
No evento, discutiu-se que durante a condução do projeto, troca-se de vaso em tamanho, gradativamente para poder ir diminuindo o espaço da planta com o tempo, até chegar em um vaso definitivo, do jeito que o bonsaísta deseja. No vaso definitivo a sua forma, acabamento, altura e cor tem grande influência no projeto, necessitando ser muito bem analisado e escolhido.
Depois de finalizado o projeto, a troca de vaso não é mais necessária, porém, a cada 2 anos aproximadamente, é necessário retirar o bonsai do vaso, fazer a poda de raízes e replantá-lo no mesmo vaso.
Durante o workshop, houve a oferta de um lote de vasos negociados em grande quantidade em uma loja especializada de Bauru (BONSAI HOUSE) do Sr Luiz Nakamura para que os associados tivessem descontos e preços interessantes para condução de seus projetos.
João Porto, demonstrou um replantio de uma muda de primavera (bouganville) para um vaso de treinamento para iniciar a condução do projeto de bonsai. Você pode ver nas fotos abaixo. Segundo ele:
“Esta primavera estava no chão, foi retirada por yamadori a cerca de 2 anos, plantamos ela nesta bacia plástica para iniciar o projeto, deixando ela crescer e brotar o máximo possível. Agora vamos replantá-la neste vaso de treinamento já pra iniciar uma condução de copa com podas e ir preparando para o refinamento do projeto.”
Foi feito também um replantio de uma floresta de fícus pelo Ricardo Ângelo, para troca de substrato e poda de raízes.
Durante toda a tarde foram discutidos os assuntos sobre as melhores formas de replantio, necessidades e cuidados necessários tanto na escolha do vaso quanto da seleção de raízes.
De acordo com um dos associados e participantes do evento, Fábio Flores:
“É bacana poder ver assim ao vivo a execução de uma etapa como o replantio, principalmente de um exemplar deste. Vendo ao vivo é outra coisa. Essa é a grande vantagem de poder trocar ideia e informação com os mais experientes.”
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